Representantes de instituições públicas e privadas do Piauí reuniram-se no Hub de Inovação Espaço S/FIEPI, no dia 29 de abril, para dar o primeiro passo rumo à constituição da Câmara Técnica do Trabalho Digno. O encontro foi promovido pelo projeto “Ponte para o Trabalho Digno” (Rede Ponte/Brücke Le Pont – Suíça) que tem como pilares o Selo Internacional do Trabalho Digno, as Unidades Formativas de Boas Práticas Laborais e a Câmara Técnica.
“Estamos comprometidos em transformar o cenário do trabalho em nosso estado, garantindo que as práticas sejam justas e reconhecidas mundialmente”, afirmou Ingrid Medeiros, que integra a coordenação do projeto.
Rosa Lídia Morais, representante do Programa País Brasil da Brücke Le Pont, contextualizou a origem e a importância do Selo Internacional do Trabalho Digno. Segundo ela, o Selo é mais que um reconhecimento. É uma ferramenta educativa e de mediação de diálogos para impulsionar a cultura do trabalho digno por todo o Brasil.
Durante a reunião, as instituições presentes compartilharam suas iniciativas já em andamento e contribuíram com insights valiosos para a formulação do conceito de trabalho digno, cada uma a partir de sua área de atuação: Brücke Le Pont, Rede Ponte – representadas pela Cáritas Oeiras e Ubíqua, além de FIEPI, SENAI, SESI, OAB-PI/Comissão do Trabalho, JUCEPI, CRECI, CFA-DF e representantes da Assembleia Legislativa do Piauí (ALEPI).
Um dos pontos altos do encontro foi a deliberação conjunta para a realização de um seminário no final de maio de 2024, que promete ser um marco para debater e expandir a cultura do trabalho digno no estado. “Este seminário será fundamental para alinhar estratégias da Câmara Técnica e expandir o tema de forma transversal em diferentes segmentos da sociedade”, destacou Ingrid.
O evento concluiu com a deliberação pela criação da Câmara Técnica do Trabalho Digno, que funcionará como um espaço de diálogo sobre a temática e como um órgão consultivo para as ações do projeto. “Com a união dessas entidades, esperamos que o trabalho digno não apenas ganhe destaque, mas se torne uma realidade constante nas práticas laborais do Piauí e se consolide como um ativo para as empresas públicas e privadas”, pontuou Rosa Lídia.
Para ela, a iniciativa representa um passo importante na direção de um mercado de trabalho mais justo e ético, com reflexos positivos que devem reverberar por toda a sociedade piauiense.